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domingo, 1 de setembro de 2013

Café Esquina do Tempo















HOMENAGEM AOS 113 ANOS DO COLÉGIO SÉVIGNÉ





A fachada do Colégio Sévigné no ano de 1915


O Colégio Sévigné, atualmente denominado Colégio Bom Jesus Sévigné, foi fundado em 01/09/1900 pela esposa do cônsul da França em Porto Alegre, Madame Emmeline Courteilh, que o dirigiu até o ano de 1906, quando, por razões de saúde, retornou à França, passando a direção do Colégio para as Irmãs de São José. As religiosas desta Congregação já trabalhavam no Sévigné desde o ano de 1904.



Emmeline Courteilh e Madame Sévigné numa publicação dos 100 Anos do Colégio Sévigné


O nome Sévigné foi dado em homenagem à escritora francesa Marie de Rabutin-Chantal, a Marquesa de Sévigné (1626-1696).



Neste prédio morou a Marquesa de Sévigné, e situa-se na Place des Voges em Paris. Foto: 2005


Uma curiosidade. No lugar do prédio que pertenceu ao Colégio Sévigné, na esquina da Rua Duque de Caxias com a Rua Marechal Floriano, existia o antigo prédio da Escola Normal da Província, que foi criada em 05/04/1869, com a finalidade de formar professores para o ensino primário.



O antigo prédio da Escola Normal da Província no Século XIX. Foto: Internet


Em 1901, a Escola foi transformada em Colégio Distrital de Porto Alegre e, posteriormente, passou a se chamar Escola Complementar. Na década de 1930, foi construído para ela o prédio da Av. Osvaldo Aranha. No ano de 1939, por força de um decreto, recebeu o nome conhecido por todos nós como Instituto Flores da Cunha. Assim sendo, o Colégio Sévigné construiu o seu prédio posteriormente no lugar que onde existiu esta famosa Escola.



O atual prédio foi construído no local onde funcionava a Escola Normal. Foto: Internet


Desde que foi fundado, o Colégio ofereceu o curso de primeiras letras e o de preparação para os exames de professor, que eram prestados na Escola Normal. O Curso Complementar começou a funcionar no ano de 1927. No ano de 1928, ocorreu a municipalização do Colégio, o qual foi transformado no Ginásio Municipal Feminino Sévigné. Em 1930, passou à condição de Ginásio Estadual e, a partir de 1931, passou a oferecer a Educação Infantil, abrindo turmas mistas no Jardim de Infância.



Fachada do Colégio Sévigné entre os anos de 1930 e 1940. Foto: Internet



No Sévigné funcionaram também os cursos ginasial, clássico e científico, e os de formação de professores: Complementar, Normal e Magistério.



Detalhes arquitetônicos do Colégio Sévigné



Detalhes arquitetônicos do Colégio Sévigné


Detalhes arquitetônicos do Colégio Sévigné


Detalhes arquitetônicos do Colégio Sévigné


Detalhes arquitetônicos do Colégio Sévigné


Estudei no Colégio Sévigné entre os anos de 1963 e 1975. Guardo na memória as lembranças do Colégio, das colegas, das freiras e dos professores leigos que nos acompanharam durante o curso destes longos anos. Naquele tempo, a gente usava a expressão “ma soeur”, para se dirigir a uma freira, no lugar de “Irmã”, que se consolidou posteriormente. Algumas destas Irmãs estão nas próximas fotos.



A saudosa Irmã Teresa (*1890/+1994)


Irmãs do Colégio Sévigné no Ano 2000



O FREI ANTONIO BAMPI


O Capelão Frei Antonio (*04/08/1892/+06/09/1987)


O nosso querido “Padre Antonio”, foi Capelão do Colégio Sévigné entre os anos de 1961 a 1968. Quem não se lembra desta figura carismática? Ele teve uma vida religiosa exemplar, cujo histórico, retirado da Internet, vai aqui reproduzido. Ele realizou a minha 1ª Comunhão, assim como a de centenas de colegas que estudaram no Sévigné durante esta quase década. O Padre Antonio faleceu aos 95 anos de idade, e foi sepultado na Igreja de Santo Antonio do Partenon.



A minha 1ª Comunhão em 20/10/1963


“É um dos frades pioneiros da Província, registrado sob o nº CL 011. O temperamento enérgico, o espírito vibrante, a jovialidade, a simplicidade, o amor a Ordem e a Igreja e a devoção à Maria e a Eucaristia, marcaram a sua vida. Ingressou no Seminário Seráfico São José, Veranópolis, no dia 25.03.1905. Em Flores da Cunha, fez o ano do noviciado e professou no dia 27.02.1910, das mãos do Reverendíssimo Padre Frei Roberto D'Apprieu. Recebeu o nome religioso de Frei Anatólio. Com a morte de Frei Antonio Franceschet (11.08.1911), passou para Frei Antonio, no dia 22.08.1911; a Ordenação Sacerdotal, no dia 30.11.1917, por Dom João Becker, em Porto Alegre. Sempre exerceu o ministério paroquial em Veranópolis, Vacaria, Garibaldi e, a partir de 1933, em Porto Alegre, atuando em diversas funções. Dentre elas, missionário e coordenador das missões populares (1933), Pároco da Igreja Santo Antonio (1939), Capelão do Colégio Sevigné e 11º Custódio Geral (1945). No ano de 1945, foi eleito IV definidor provincial; em 1951, foi eleito 1º Custódio Geral, participando em 1952 do Capítulo Geral em Roma. Novamente, em 1955, como pároco da Igreja Santo Antonio, Partenon e, de 1961 a 1968, capelão do Colégio Sevigné. A partir 1968, como orientador espiritual e confessor na Igreja Santo Antonio. 


Mesmo em tratamento de saúde, é muito requisitado como orientador espiritual. Residiu no Convento São Lourenço de Bríndisi, por 54 anos. No ano de 1974, teve publicado parte de seus discursos com o Título "Mensagens Cristãs" e, em 1978, a outra parte com o Título "O Poder da Palavra Cristã", em comemoração aos 86 anos de vida e 61 de sacerdócio. Em 1967 celebrou seu Jubileu de Ouro Sacerdotal, com todas as pompas. Na 98ª sessão ordinária da Câmara de Vereadores, no dia 04.10.1984, foi homenageado com o titulo de Cidadão Porto Alegrense. Em 1988, com nome de rua no bairro Partenon, Porto Alegre. Na missa, em comemoração os seus 95 anos de idade, centenas de paroquianos e convidados lotaram a Igreja Santo Antonio e se emocionaram quando frei Antonio, lúcido, mas com a saúde já um pouco debilitada, concelebrou a missa das 10 horas, com Dom Edmundo Kunz, bispo auxiliar de Porto Alegre. Frei Antonio foi o primeiro sacerdote de sua Ordem e, dentre as demais, a chegar a essa idade, ainda em atividade, quer no confessionário ou nas celebrações diárias em sua paróquia. Faleceu no dia 06.09.1987, no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, de insuficiência respiratória aguda. Foi sepultado no interior da Igreja Santo Antonio do Partenon.”



A IRMÃ ROSA EUGÊNIA FABRI


A ex-Diretora Irmã Rosa Eugênia Fabri (*1925/+16/02/2011)


Outra homenagem faço agora à nossa ex-Diretora do Colégio Sévigné por muitos anos: a Irmã Rosa Eugênia Fabri. Transcrevo o seu obituário, publicado num jornal do Estado:


“Ex-diretora do Colégio Sévigné, de Porto Alegre, a irmã Rosa Eugênia Fabri morreu no dia 16 de fevereiro de 2011, aos 85 anos na Capital. Ela sofria de esclerose múltipla (que se manifestou em 1969), sequela de um acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Ainda jovem, ingressou na Congregação das Irmãs de São José em Garibaldi. Trabalhou no Colégio Regina Coeli, em Veranópolis, e, por mais de 50 anos, no Colégio Sévigné, como professora, administradora e diretora. De acordo com as colegas de sua congregação, irmã Rosa buscava, com seus colaboradores, direcionar o trabalho educativo em coerência com os princípios e valores cristãos. Ela também integrou e foi presidente da Associação de Educação Católica do Rio Grande do Sul (AEC/RS).”



Muitos anos se passaram, e o Colégio acabou por trilhar um novo caminho: a partir do ano de 2009, passou a integrar o Grupo Bom Jesus, uma Rede Educacional, com sede em Curitiba no Paraná. Atualmente, durante o turno da noite, nas dependências do Colégio, funciona a instituição de curso superior Faculdades Integradas Sévigné, que fazem parte da Rede Educacional São José.



A Festa Junina de 2013 do Colégio Bom Jesus Sévigné



A Festa Junina de 2013 do Colégio Bom Jesus Sévigné


Ao querido e saudoso Colégio Sévigné, presto esta homenagem na data em que comemora os seus 113 Anos de existência!



Reencontro com as colegas do Colégio Sévigné em 20/10/2012


Reencontro com as colegas do Colégio Sévigné em 23/01/2013


Reencontro com as colegas do Colégio Sévigné em 13/03/2013

Relembrando as aulas de culinária no Colégio Sévigné:
http://memorialdotempo.blogspot.com.br/2015/02/o-paladar-do-tempo-as-aulas-de.html


O HINO DO COLÉGIO SÉVIGNÉ

A letra do Hino do Colégio Sévigné foi escrita pela Irmã Marina Joana Rigon e a música foi composta por Celso Luft. Vamos ouvi-lo?