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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Família Abarno Sem Fronteiras - Uruguai





Encontro memorável com a prima uruguaia, Ana Beatriz Abarno Rehermann, trineta de Vincenzo Abarno e Giuditta Caputi, tios de meu bisavô Nicola Abarno - 08/08/2014 - Rivera, Uruguay



quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Memórias de Estudante II - As Faculdades


A primeira turma da Faculdade de Nutrição do IMEC - 14/08/1982


A FACULDADE DE NUTRIÇÃO


Hoje comemoro mais um aniversário de formatura na Faculdade de Nutrição. Mas este não foi o meu primeiro curso. O meu primeiro vestibular foi prestado na PUCRS, para o curso de Ciências Sociais, no mês de julho de 1977, embora naquela época não houvesse ainda concluído o 2º Grau. Como fiz as provas dos exames supletivos em duas etapas, em julho e dezembro de 1977, ainda não possuía o certificado para ingressar no curso acadêmico.

No ano de 1978, inscrevi-me para o vestibular de Agronomia na UFRGS e no vestibular de Geografia na PUC. Achava este que seria mais parecido com o curso de Agronomia, o qual gostaria muito de ter feito. Assim sendo, como não me classifiquei na UFRGS, mas passei na PUCRS, cursei o 1° semestre de Geografia. Mas ficava difícil conciliar o horário das cadeiras do curso com o trabalho. Foi neste período de impasse que abriu o primeiro vestibular para o curso de Nutrição do IMEC, o que resultou no abandono do curso de Geografia.


Recebendo o aguardado diploma!


O curso de Nutrição do Instituto Metodista de Educação e Cultura, entidade mantenedora da Faculdade e do Colégio Americano, criado no ano de 1973, teve seu primeiro vestibular em julho de 1978. Para mim era uma oportunidade tentadora. Foi neste embalo que enfrentei o vestibular, sendo classificada em 4º lugar. As provas eram à noite, e lembro-me que o meu pai me acompanhou durante este período, que por sinal foi bem cansativo. Naquela época, trabalhava no IAPAS. No dia do resultado, fomos eu e o meu namorado Carlinhos ver no que tinha dado. Fiquei surpresa ao ver o meu nome na listagem... O Carlinhos me esperava lá fora, e fui correndo contar a novidade. Naquela mesma noite, começaram a pintar os novos bixos, mas saí de fininho...

Foram quatro anos bem legais na maior parte do tempo. Das coisas não tão boas assim, lembro-me das aulas de Anatomia Humana, que foram um pouco traumatizantes, não só pelos cadáveres, mas principalmente pelo cheiro de formol que era insuportável. Desde aqueles tempos, guardo esta poesia com a qual me identifiquei e que traduz de certa forma a atmosfera daqueles tempos. A poesia é de uma aluna do curso de Medicina dos Anos 1970, atualmente uma respeitada profissional que, se não me falha a memória, foi publicada num dos antigos livros do Premio Apesul de Revelação Literária. Aqui vão reproduzidos os versos, esperando que ela não se incomode por tomar esta liberdade, aproveitando para enviar-lhe do túnel do tempo os meus cumprimentos!




RETRATO DE MIM EM 78

Autora: Clarice Kowacs

Não importa a estação vigente:
Na nossa sala sempre é frio e claro.
Nas geladas mesas de alumínio
Repousam cadáveres de peitos abertos.
Já estudamos seus cérebros e, de crânios serrados,
Lembram casas sem telhado.
Para eles, não há descanso:
Não tiveram parentes ou amigos que os sepultassem.
De seus braços pendem músculos ressecados cujos nomes 
decorei e esqueci.

Todas minhas tardes, eu as passo aqui.
Não toda eu – apenas o que é em mim sólido e visível
A outra parte, a impalpável, escapa pelas janelinhas
e vai passear nas ruas.
Vê o inverno que termina, o colorido das coisas, o rosto
das pessoas e os cartazes dos filmes.
Quando chove corre para casa e, instalada na poltrona,
lê poemas e bebe chá
Ao som de baladas medievais.
Às vezes, une-se à outra parte e permanece aqui na sala
Onde mesmo triste e enojada
Contempla maravilhada
A perfeição do corpo humano.

Pobre deve ser assim dividido!
Acha tão lindo conhecer Anatomia
E ao mesmo tempo quer tempo para conhecer a si e aos outros.
E enquanto suas mãos dissecam mãos
Fica a imaginá-las vivas, empunhando um lápis
Ou acariciando os cabelos de uma criança.
E os dias vão passando
E minha/sua juventude com eles.
Mas a lembrança do futuro abafa a vontade de ser livre
e responsável.
E, (com)vencidas, seguimos adiante.

Pousado em meus dedos
Um coração cinzento que um dia foi pura força e movimento,
Verte lágrimas de formol e sangue coagulado.


Durante e depois do curso, fiz inúmeros cursos de extensão em Nutrição. Acho que foi bem proveitoso aquele período. Lembro-me dos relatórios de estágio que elaborei durante a época em que trabalhava no Hospital Presidente Vargas. Foram quatro ou cinco relatórios que me deram muito trabalho, mas ficaram muito bons, e devem estar ainda em alguma prateleira da biblioteca da Faculdade. É bom relembrar as colegas com as quais fiz amizades durante o curso, como a da Neide Nunes Tavares, a Roseli Saciloto Frigo, a Nilva Francisca Pereira, a Wilma Gonçalves Lippel e a Denise Calgaro Jamardo, além certamente de outras... 


Da esquerda para a direita: Roseli e Nilva (atrás), Neide e Wilma (à frente) e eu (centro)


Hoje parece-me que o tempo passou voando, mas ainda sinto muito orgulho de ter conquistado o diploma. A formatura foi em 14/08/1982, aos 26 anos de idade. Naquele dia, fui dirigindo o carro até a Faculdade levando os meus pais. Lembro-me da roupa que usava - um conjuntinho de seda bege, com plumas nos punhos e na gola -, pena não ter nenhuma foto com ele para recordar. Dos parentes, compareceram o tio Flávio e o tio Arlindo. Recebi diversos telegramas e cartões com felicitações. A cerimônia foi um pouco longa, mas teve seu brilho eternizado. No final, foi uma confusão, com gente andando para todo o lado. O que me deixa triste até hoje foi não ter tirado uma foto com a família, porque os fotógrafos se dispersaram, e o número de pessoas era grande demais para atender aos pedidos. Mas as fotos com a turma ficaram bem bonitas. Lembro-me que era proibido o uso de bebidas alcoólicas dentro da faculdade. Então, tomamos o champanhe lá fora em copinhos de plástico.

Antes da formatura houve uma missa pela manhã na Igreja Metodista. Compareceu o Dr. Poli, o nosso pediatra, já referido em minhas memórias de infância. Deixo aqui o registro em agradecimento. Que Deus o abençoe onde estiver...

Nos primeiros tempos, pensava em trabalhar em Nutrição. Depois que saí do INAMPS, ou seja, do Hospital Presidente Vargas, deixei currículo em alguns hospitais. Fiz concurso para Nutricionista na Universidade Federal de Santa Maria. Passei, mas não assumi por questões pessoais. Na verdade, o curso abriu outro caminho, quando fiz um concurso público que exigia nível superior.

De qualquer sorte, é mais um capítulo encerrado. Não pretendo voltar a estudar ou trabalhar em Nutrição, embora tenha me qualificado. Foi por causa da cadeira de Bioquímica que resolvi fazer Farmácia na UFRGS, história esta que teve início em 1982.

Nota: o Instituto Metodista de Educação e Cultura passou a integrar a Rede Metodista de Educação do Sul no ano de 2005, que englobou outras instituições, como o Instituto Porto Alegre - IPA.



Encontro com as colegas da Faculdade de Nutrição, numa data próxima aos 34 anos de nossa formatura: da esq. p/ dir., de pé, Zeila, Lisete e Wilma; sentadas Solange, Regina, Elaine, Maria Isabel e Maria da Graça – 09/07/2016 – Porto Alegre RS


Um novo encontro com as colegas da Faculdade de Nutrição (esq. p/ dir.): Maria Isabel, Maria da Graça, Wilma, Sirlei, Maria Elisa, Elaine, Lisete, Regina e Maurien – 12/11/2016 – Porto Alegre RS



Memórias de Estudante II - As Faculdades


A FACULDADE DE FARMÁCIA


O principal motivo para fazer o vestibular para Farmácia foi o de ter gostado da cadeira de Bioquímica no curso de Nutrição. Fiz o vestibular na UFRGS em janeiro de 1982, aos 25 anos de idade, não sabendo bem onde este trem iria parar. Classifiquei-me em 63º lugar. Saí no listão de 09/11/1982. 


A Faculdade de Farmácia da UFRGS

Naquela época, estava no último semestre do curso de Nutrição e consegui aproveitar várias disciplinas deste curso. Estava acostumada a passar sem maiores esforços, mas o curso de Farmácia não era assim tão fácil. As químicas abrangiam um conteúdo extenso, e aprendi que estudar o conteúdo somente das anotações não me levaria a nada. Era preciso pesquisar em vários livros. Foi assim que segui tropeçando. Acontecia também de estudar muito o conteúdo e, na prova, este estudo provava não ter sido suficiente. Ficava triste por ter estudado, e não conseguir alcançar a média exigida.

Mas nem tudo dava errado... Gosto de me lembrar da cadeira de Botânica Aplicada à Farmácia (pena não ter guardado o material de aula), onde as práticas eram bem legais; das aulas práticas de Microbiologia, onde fazíamos culturas das bactérias e, depois, olhávamos as lâminas através do microscópio. Gostei muito da cadeira de Síntese Orgânica, em que a gente preparava amostras e levava depois para casa...

O curso de Farmácia, apesar dos pesares, foi um curso que me deu muito orgulho de pertencer a ele. Os meus colegas eram, na sua maioria, muito interessados, ao contrário do curso de Ciências Contábeis, os quais levavam o curso sem grandes emoções. Acho que me faltou uma base mais sólida, ou seja, mais conhecimento para desenvolver e acompanhar melhor o currículo do curso. Quando fiz vestibular para Contábeis, aprendi muito mais química no cursinho do que em todo o resto da vida escolar. O que me levou a desistir do curso foi o meu desempenho, as “viagens” intermináveis até o campus que me deixavam muito ansiosa, isso sem contar que, em certos semestres, tinha que estar na parada do ônibus, lá no mercado público, no máximo às 6h e 45 min, para poder chegar na hora. Havia também as aulas à tarde que me causaram transtornos por causa do trabalho, mais a necessidade de fazer um curso que me abrisse mais possibilidades de fazer concursos. Quantas vezes, quando vinha do campus, sentia uma sensação de estar fazendo algo inútil, embora não quisesse reconhecer que isto era verdade...

Depois de diversos trancamentos, abandonei heroicamente o curso. No 2º semestre de 1987, rodei nas cadeiras matriculadas por excesso de faltas. Não voltaria mais ao curso. As cadeiras conquistadas viraram créditos adicionais para enfeitar o meu histórico escolar. De certa forma, sinto saudades do campus, da Faculdade situada na Av. Ipiranga, do sonho que poderia ter dado de algum modo certo, mas não deu...

Foi assim que, depois de exatos 10 anos, em 1992, fiz vestibular para Ciências Contábeis, o qual durou mais 10 anos para ser concluído... 



sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Família Mossmann - Álbum de Família - Ramo Johann Mathias Mossmann


IMIGRANTE JOHANN MATHIAS MOSSMANN E ESPOSA CLARA (THECLA) DIEHL

SUB-RAMO JOÃO MOSMANN E RITA PIRES DE SOUZA



João Mosmann
Rita Pires de Souza






















João Mosmann Filho


O filho Eduardo Pires de Souza Mosmann


Edesio Mosmann (Filho de Eduardo Mosmann)


Bodas de Ouro de Luiz Mosmann (filho de Eduardo Mosmann) e Linea Schuller Mosmann, com os filhos e netos - 1998, Parobé RS. Foto: Acervo de Linea S. Mosmann


Paulo Mosmann (Filho de Eduardo Mosmann)


O filho Odorico Pires de Souza Mosmann


Alfredo Mosmann (Filho de Odorico Mosmann)


O filho José Mosmann Pires de Souza


J. Wilson Mosmann (Filho de José Mosmann)


João Homércio Mosmann (Filho de José Mosmann)


A filha Maria José Pires de Souza Mosmann


O filho Mário Pires de Souza Mosmann e a nora Adelia Fauth




Família Mossmann - Álbum de Família - Ramo Johann Mathias Mossmann


IMIGRANTE JOHANN MATHIAS MOSSMANN E ESPOSA CLARA (THECLA) DIEHL

SUB-RAMO ANTÔNIO JOSÉ MOSSMANN E MARIA ISABEL MEDINA



Maria Isabel Medina
Antônio José Mossmann



O filho Hugo Mossmann e a nora Maria Eliza da Silva