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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Família Welter - Encontros


17º WELTERFEST


17ª Welterfest - Taquara RS - Foto: Frederico Hanauer


Nos dias 16 e 17 de maio de 2015, houve a 17ª edição da Welterfest, que foi criada para reunir as famílias com este sobrenome, descendentes de Jacob Welter e Helena Blaesius, imigrantes de Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha, provenientes de várias partes do estado e do país.


No Parque Temático Paraíso das Águas - Taquara RS - Foto: Arquivo Pessoal

O evento ocorreu na cidade de Taquara RS, no primeiro dia no Parque Temático Paraíso das Águas e, após, no CTG O Fogão Gaúcho. No dia seguinte, na Associação dos Motoristas desta cidade, englobando diversas atividades, além da celebração de uma missa na Igreja Matriz de Taquara. Foram organizadores do evento Julio C. Paim Welter, Marcia Elisa Welter e Ian Welter.


Almoço após a recepção das caravanas no Parque Paraíso das Águas - Foto: Arquivo Pessoal

Compareci pela primeira vez ao encontro, embora meus antepassados Welter não tenham parentesco com o referido casal, tendo a grata satisfação de encontrar meus parentes argentinos, descendentes de Johannes Welter, irmão de meu tataravô Joseph Welter, imigrantes de Buch, Renânia-Palatinado, Alemanha.


Canísio Stoffel (esq.), Lisete Göller e Pedro Stoffel (dir.) primos de Puerto Rico, Misiones, Argentina, filhos de Rosa Welter e Alberto Stoffel, netos de João Antonio Welter e Catharina Vogel, bisnetos de João Welter Filho e Catharina Rauber, trinetos de João Welter e Catharina Dillenburg e tataranetos de Johannes Welter e Maria Catharina Heil - Taquara RS - Foto: Arquivo Pessoal


Os primos argentinos descendentes de Johannes Welter, da direita para a esquerda: Canísio Stoffel, Pedro Stoffel, seu filho José Alberto Stoffel e a esposa Wilma Schoffen - Taquara RS


No domingo pela manhã, foi celebrada uma missa na Igreja Matriz Senhor Bom Jesus de Taquara RS - Foto: Arquivo Pessoal


Início da celebração na Igreja Matriz de Taquara RS - Foto: Arquivo Pessoal


Em frente ao altar, as bandeiras, estandartes e o quadro a óleo onde está representada a casa dos imigrantes Welter de Klüsserath - Foto: Arquivo Pessoal


Momento da celebração na Igreja Matriz de Taquara RS - Foto: Arquivo Pessoal


A celebração foi realizada pelos Padres Orides Welter (foto) e Eugênio Hartmann - Foto: Arquivo Pessoal


Almoço de encerramento da Welterfest 2015 na Associação dos Motoristas de Taquara RS - Foto: Arquivo Pessoal


Almoço de encerramento da Welterfest 2015 na Associação dos Motoristas de Taquara RS - Foto: Arquivo Pessoal


Almoço de encerramento da Welterfest 2015 na Associação dos Motoristas de Taquara RS - Foto: Arquivo Pessoal


No primeiro plano, os primos argentinos no almoço de encerramento da Welterfest 2015 - Foto: Ian Welter



segunda-feira, 18 de maio de 2015

Família Abarno - Álbum de Família


MARIA THERESA LUCIA ABARNO E ESPOSO POTITO DI NAPOLI

Nota: Maria Theresa é irmã de Nicola Abarno

RAMO ANGELA MARIA DI NAPOLI CASADA COM NICOL’ANGELO ZACCARO MARONNA


Angela Maria Di Napoli com o esposo Nicol'Angelo Zaccaro Maronna e filhas - Alegrete RS. Foto: Acervo de Maria Napoli


Assinaturas de Nicol'Angelo Maronna e Angela Maria Di Napoli


sexta-feira, 15 de maio de 2015

Família Strasser - Álbum de Família - Ramo Felippe Augusto Strasser


IMIGRANTE GEORG STRASSER E ESPOSA ELISABETHA SCHWIND

RAMO FELIPPE AUGUSTO STRASSER E MAGDALENA AUGUSTA VON EINSIEDEL


Adelina Strasser (*20/07/1899 São Sebastião do Caí RS/+03/07/1936 Pareci Novo RS), filha de Felippe Augusto Strasser e Magdalena Augusta Von Einsiedel, neta de Georg Strasser e Elisabetha Schwind, era casada com Antonio Reinoldo Juchem - Pareci Novo RS. Foto: Irony Schlosser


Família Strasser - Lápides


IMIGRANTE GEORG STRASSER E ELISABETHA SCHWIND (1º CASAMENTO)

RAMO ELISABETHA STRASSER E JOSÉ GÖLLER


Lápide de Elisabetha Strasser Göller, filha de Georg Strasser e Elisabetha Schwind, no mesmo túmulo onde estão o pai Georg, o esposo José Göller e os filhos José Willy e Rosalina, no Cemitério Municipal de Pareci Novo RS. Foto: Acervo Pessoal 


Família Strasser - Lápides


IMIGRANTE GEORG STRASSER E ELISABETHA SCHWIND (1º CASAMENTO)

RAMO FELIPPE AUGUSTO STRASSER E MAGDALENA AUGUSTA VON EINSIEDEL


Lápide do túmulo de Adelina Strasser, filha de Felippe Augusto Strasser e Magdalena Augusta Von Einsiedel, neta de Georg Strasser e Elisabetha Schwind, e do esposo Antonio Reinaldo Juchem, no Cemitério Municipal de Pareci Novo RS. Obs.: na lápide, a data de nascimento de Adelina consta como 14/08/1900, porém ela nasceu em 20/07/1899, conforme registro da Igreja Católica. Foto: Irony Schlosser

Família Schmitz (Johann Peter) - Lápides - Ramo Nicolau Schmitz


IMIGRANTE NICOLAU SCHMITZ E ESPOSA ANNA MARIA SCHMITZ

SUB-RAMO JACOB SCHMITZ E CATHARINA SCHUSTER


Lápide do túmulo de Ella Marcolina Machry Dietrich, filha de Emília Schmitz e Alberto Machry, neta de Jacob Schmitz e Catharina Schuster, bisneta de Nicolau Schmitz e Anna Maria Schmitz, e do esposo Henrique Dietrich (Rico), no Cemitério Municipal de Pareci Novo RS. Foto: Irony Schlosser

Lápide do túmulo de Alonso Remy Dietrich, filho de Ella Marcolina Machry Dietrich e Henrique Dietrich, neto de Emília Schmitz e Alberto Machry, bisneto de Jacob Schmitz e Catharina Schuster, trineto de Nicolau Schmitz e Anna Maria Schmitz, no Cemitério Municipal de Pareci Novo RS. Foto: Irony Schlosser

Túmulo de Idalina Schmitz Göller, filha de Jacob Schmitz e Catharina Schuster, neta de Nicolau Schmitz e Anna Maria Schmitz, e do esposo Jacob Göller Sobrinho, no Cemitério Municipal de Pareci Novo RS. Foto: Acervo Pessoal


Família Schmitz (Johann Peter) - Lápides - Ramo Nicolau Schmitz


IMIGRANTE NICOLAU SCHMITZ E ESPOSA ANNA MARIA SCHMITZ 

SUB-RAMO ELISABETHA SCHMITZ E JACOB HARTMANN III


Túmulo de Elisabetha Schmitz Hartmann, filha de Nicolau Schmitz e Anna Maria Schmitz, do esposo Jacob Hartmann III, do filho Willibaldo Hartmann e da nora Rosa Ludwig Hartmann, no Cemitério Católico de Tupandi RS. Foto: Arquivo Pessoal

Família Schmitz (Johann Peter) - Lápides - Ramo Nicolau Schmitz


IMIGRANTE NICOLAU SCHMITZ E ESPOSA ANNA MARIA SCHMITZ 

SUB-RAMO PEDRO JOSÉ SCHMITZ E CATHARINA DAPPER



Túmulo de Fernando Schmitz, filho de Pedro José Schmitz e Catharina Dapper, neto de Nicolau Schmitz e Anna Maria Schmitz, no Cemitério Católico de Jammerthal, Picada Café RS. Foto: Acervo de Marlene Lauxen Matos


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Família Strasser - Lápides


IMIGRANTE GEORG STRASSER E ELISABETHA SCHWIND (1º CASAMENTO)

RAMO MARGARETHA STRASSER E AFFONSO GABRIEL SCHUSTER


Túmulo de Margaretha Strasser Schuster, filha de Georg Strasser e Elisabetha Schwind - Cemitério de Lajeado Azul, Tenente Portela RS – Foto: Leônidas Assunção


Túmulo de Affonso Gabriel Schuster, esposo de Margaretha Strasser, filho de Carlos Schuster e Philippina Petry – Cemitério de Lajeado Azul, Tenente Portela RS – Foto: Leônidas Assunção


terça-feira, 12 de maio de 2015

Família Göller - Álbum de Família


IMIGRANTE ANNA ELISABETHA (CLARA) GÖLLER E ESPOSO MICHAEL BOTH II

RAMO NICOLAU BOTH E ELISABETHA LINK


Guilherme Both, filho de Nicolau Both e Elisabetha Link, neto de Anna Clara (Anna Elisabetha) Göller e Michael Both II, com a esposa Carolina Schneider e filhas, provavelmente em Linha Bonita RS, em meados de 1910. Foto: Acervo do Frei Lauro Both

Família Kossmann - Álbum de Família - Christine Kossmann Schmaedecke


IMIGRANTE CHRISTINE KOSSMANN E ESPOSO ERNST SCHMAEDECKE

RAMO GABRIEL SCHMAEDECKE E MAGDALENA CHRISTMANN


Gabriel Schmaedecke, filho de Christine Kossmann e Ernst Schmaedecke, com a esposa Magadalena Christmann e sete de seus doze filhos, provavelmente em Harmonia RS, em meados do ano de 1900. Foto: Acervo de Gerda Krakhecke


Susana Schmaedecke, filha de Gabriel Schmaedecke e Magdalena Christmann e neta de Ernst Schmaedecke e Christine Kossmann, com o esposo Reinaldo Mombach e seus sete filhos - Bom Princípio RS, por volta de 1920 - Foto: Acervo de Felipe Kuhn Braun


Maria Amália Schmaedecke, filha de Gabriel Schmaedecke e Magdalena Christmann e neta de Ernst Schamedecke e Christine Kossmann, com o esposo Felipe Albino Hartmann e seus treze filhos – Anos 1930. Foto: José Fernando Hartmann


João Aloysio Hartmann, filho de Maria Amália Schamedecke e Felipe Albino Hartmann, com a esposa Barbara Lucila Erhart e seus oito filhos. De pé, do lado direito de Barbara Lucila, o filho Getulio Hartmann. Foto: José Fernando Hartmann


Casamento de Ana Wilma Schmaedecke, filha de José Reinaldo Schmaedecke e Marta Paulina Lenz, neta de Gabriel Schmaedecke e Magdalena Christmann e bisneta dos imigrantes Ernst Schmaedecke e Christine Kossmann, com Eugenio Scherf – Puerto Rico, Misiones, Argentina – Anos 1940 – Foto: Acervo de Paulo Cesar Schmaedecke


Ana Wilma Schmaedecke, viúva de Eugenio Scherf, aos 93 anos - Puerto Rico, Misiones, Argentina – 12/03/2014 – Foto: Imprensa local


Família Kossmann - Álbum de Família - Maria Anna Kossmann Schuster


IMIGRANTE MARIA ANNA KOSSMANN E ESPOSO ANDREAS SCHUSTER

RAMO PEDRO SCHUSTER E BARBARA WELTER


A família de minha bisavó Catharina Schuster, filha de Pedro Schuster e Barbara Welter, neta de Maria Anna Kossmann e Andreas Schuster, com o esposo Jacob Schmitz e seus cinco filhos - Pareci Novo RS - 1901/1902. Foto: Acervo de Ricardo Wagner


Gertrudes Amália Schuster, filha de Carlos Schuster e Elisabetha Schaedler, neta de Pedro Schuster e Barbara Welter, bisneta de Maria Anna Kossmann e Andreas Schuster, viúva de João Alberto Ody - Mata RS - Foto: Acervo de Charles Ody


João Alberto Ody, filho de Peter Joseph Ody e Louise Katharina Löblein, esposo de Gertrudes Amália Schuster - Foto: Acervo de Charles Ody


Gertrudes Amália Schuster (ao fundo, a 3ª da esq. para a dir.) numa comemoração de aniversário, com seus familiares na cidade de Mata RS - Foto: Acervo de Charles Ody


Família Kossmann - Álbum de Família - Maria Anna Kossmann Schuster


IMIGRANTE MARIA ANNA KOSSMANN E ESPOSO ANDREAS SCHUSTER

RAMO ERNESTO SCHUSTER E BARBARA KALSING


A família de Pedro Schuster, filho de Ernesto Schuster e Barbara Kalsing, neto de Maria Anna Kossmann e Andreas Schuster, falecido na época da foto, onde aparecem a esposa Anna Klöckner e os seus cinco filhos, por volta de 1930, Santa Clara do Sul RS. Foto: Acervo de João Abreu Schuster


Família Kossmann - Álbum de Família - Anton Kossmann


IMIGRANTE ANTON KOSSMANN E ESPOSA MARIA ANNA RECKTENWALD

RAMO CHRISTINA KOSSMANN E ANGELO TIECHER


Lino Tiecher, filho de Christina Kossmann e Angelo Tiecher, neto de Anton Kossmann e Maria Anna Recktenwald, com a esposa Maria Zambiazi, que está grávida de Fausto Tiecher, e suas filhas - Nova Bréscia, por volta de 1925. Foto: Acervo de Fábio Tiecher

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Família Schuster - Militares


OS DESCENDENTES SCHUSTER NA GUERRA DO PARAGUAI


A GUERRA DO PARAGUAI


A Guerra do Paraguai, o mais longo conflito armado da América do Sul, teve início na data de 13/12/1864, quando o ditador paraguaio Solano López declarou guerra contra o Brasil. O conflito envolveu a chamada Tríplice Aliança, formada pelo Brasil, Argentina e Uruguai, que lutou contra aquele país, terminando somente com a morte de Solano López em 01/03/1870.


A Batalha do Avaí - Autor: Pedro Américo - Museu Nacional de Belas Artes

Há controvérsias em torno dos motivos que desencadearam esta guerra. Uma das razões seriam os planos de conquista do território brasileiro por parte do ditador paraguaio. Além disso, o Paraguai havia se manifestado contrário à invasão brasileira no Uruguai, e teria se antecipado a uma possível invasão do Império brasileiro em seu próprio território. Solano López apostava que o conflito não se estenderia por muito tempo, mas aconteceu o inverso. A guerra trouxe prejuízos ao próprio país, com a perda da maior parte de sua população, além das desastrosas consequências econômicas, sociais e políticas, que se refletem até a atualidade.


Oficial e Soldado da Guerra do Paraguai - Fonte: Wikipedia

Os irmãos Henrique Schuster (*20/12/1845 São Leopoldo RS/+02/08/1933 Santa Cruz do Sul RS) e Hubert Schuster (*28/08/1841 São Leopoldo RS/+11/06/1916 Santa Cruz do Sul RS), filhos de Franz Anton Schuster e Barbara Sausen, participaram da Guerra do Paraguai como soldados. Pela consulta à literatura sobre o assunto, eles fariam parte do 12º Corpo Provisório de Cavalaria da Guarda Nacional de São Leopoldo, composto por moradores desta colônia, que unidos ao 11º Corpo Provisório de Cavalaria da Guarda Nacional de Santana do Rio dos Sinos (atual Capela de Santana RS), formado por moradores desta povoação, foram incorporados ao 2º Corpo do Exército. O 11º e o 12º Corpos faziam parte das unidades paramilitares chamadas de Voluntários da Pátria, que se destinavam a reforçar os efetivos das forças militares do Exército Brasileiro. O 2º Corpo do Exército, comandado pelo Conde de Porto Alegre, o General Manuel Marques de Souza, participou de batalhas como a de Curuzu e Curupaiti.


Distintivo de Voluntário da Pátria usado no braço esquerdo do uniforme - Fonte: Wikipedia


Depois de seis anos de guerra, Caxias foi chamado para liderar o Exército Brasileiro, o qual reorganizou as tropas e venceu as últimas batalhas, até chegar à Capital Assunção no ano de 1869. A última batalha foi liderada pelo Conde D’Eu. No ano de 1870, a guerra chega ao seu final, quando foi morto Francisco Solano Lopez na Batalha de Cerro Corá.

Dos remanescentes dos nove corpos rio-grandenses que lutaram na Guerra do Paraguai, ou seja, 10% dos que haviam inicialmente partido, foi formado o 39º Batalhão de Voluntários da Pátria, que era composto por cerca de 400 homens, dos quais mais ou menos um terço era de origem alemã, sendo recebidos entusiasticamente em Porto Alegre ao meio-dia de 28/04/1870. Os militares esperavam ansiosamente a oportunidade de pedirem a baixa do serviço militar, para se unirem aos seus familiares, mas tiveram que esperar até o dia 6 de junho, até que viesse a papelada que ainda estava no Paraguai, sendo assim possível proceder ao cálculo de seus respectivos soldos.

Henrique Schuster recebeu o soldo honorário de acordo com o Decreto nº 1617, de 13/08/1907. Sobre Hubert (consta como Roberto) não há outras informações. (BECKER, 1968, p. 193)


DESERÇÃO

O ofício do Tenente-Coronel Antonio José da Rocha Junior, Comandante do 12º Corpo de Cavalaria de Guardas Nacionais, datado de 19/02/1866, o qual foi expedido do “Acampamento em marcha no Paço do Umbú”, contém a relação de 104 nomes dos Praças deste Corpo, que desertaram desde 02/07/1865 até 31/01/1866. Nela encontramos o nome de Ernesto Schuster (*1844 Dois Irmãos RS/+30/11/1931 Harmonia RS), com 22 anos de idade, filho de Andreas Schuster e Maria Anna Kossmann. A deserção seguramente possibilitou ao jovem Ernesto, que havia se casado há poucos meses, obter posteriormente uma numerosa descendência. O documento se encontra no Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul. (BECKER, 1968, p. 179)


BIBLIOGRAFIA

PETRY, Leopoldo. São Leopoldo. São Leopoldo RS: Editora Rotermund, 1964.

BECKER, Klaus. Alemães e Descendentes – do Rio Grande do Sul – na Guerra do Paraguai. Canoas RS: Editora Hilgert & Filhos Ltda., 1968.

MOREIRA BENTO, Cláudio. Estrangeiros e Descendentes na História Militar do Rio Grande do Sul – 1635 a 1870. Porto Alegre RS: Editora A Nação e Instituto Estadual do Livro, 1976.

DONATO, Hernâni. Dicionário das Batalhas Brasileiras. São Paulo SP: Ibrasa, 1996.


terça-feira, 5 de maio de 2015

Família Mossmann - Militares


OS DESCENDENTES MOSSMANN NA GUERRA DO PARAGUAI


A GUERRA DO PARAGUAI

A Guerra do Paraguai, o mais longo conflito armado da América do Sul, teve início na data de 13/12/1864, quando o ditador paraguaio Solano López declarou guerra contra o Brasil. O conflito envolveu a chamada Tríplice Aliança, formada pelo Brasil, Argentina e Uruguai, que lutou contra aquele país, terminando somente com a morte de Solano López em 01/03/1870.


A Batalha do Avaí - Autor: Pedro Américo - Museu Nacional de Belas Artes

Há controvérsias em torno dos motivos que desencadearam esta guerra. Uma das razões seriam os planos de conquista do território brasileiro por parte do ditador paraguaio. Além disso, o Paraguai havia se manifestado contrário à invasão brasileira no Uruguai, e teria se antecipado a uma possível invasão do Império brasileiro em seu próprio território. Solano López apostava que o conflito não se estenderia por muito tempo, mas aconteceu o inverso. A guerra trouxe prejuízos ao próprio país, com a perda da maior parte de sua população, além das desastrosas consequências econômicas, sociais e políticas, que se refletem até a atualidade.


Distintivo de Voluntário da Pátria usado no braço esquerdo do uniforme - Fonte: Wikipedia

Na Guerra do Paraguai houve diversas batalhas, dentre as quais a Batalha de Curupaiti, que acabou por ferir o jovem Carlos Welter, falecendo posteriormente. Carlos Welter (*Fevereiro/1842 Costa da Serra, Estância Velha RS), o terceiro filho de meus tataravós Catharina Mossmann e Joseph Welter, era o 2º Sargento do 12º Corpo Provisório de Cavalaria da Guarda Nacional de São Leopoldo, composto por moradores desta colônia. Este Corpo, juntamente com o 11º Corpo Provisório de Cavalaria da Guarda Nacional de Santana do Rio dos Sinos, formado por moradores desta povoação, veio a formar o 1º Corpo de Caçadores a Cavalo, que, mais tarde, integrou-se ao 2º Corpo do Exército, comandado pelo Conde de Porto Alegre, o General Manuel Marques de Souza.


O Conde de Porto Alegre - Autor: H. Fleiuss


Carlos Welter, já integrado no 2º Corpo do Exército, participou da Batalha de Curuzu, quando foi conquistado o Forte de mesmo nome, situado na margem esquerda do Rio Paraguai, dentro do território deste país, tendo ocorrido na data de 03/09/1866. 


A Fortaleza de Curuzu - Autor: Cándido López

O próximo combate foi a Batalha de Curupaiti, que ocorreu no dia 22/09/1866. O ataque combinou a investida da esquadra comandada pelo Vice-Almirante Joaquim Marques Lisboa e a infantaria do 2º Corpo do Exército, sob o comando do General Guilherme Xavier de Souza, além do reforço das tropas aliadas argentinas. Estas forças foram rechaçadas com sucesso pelas tropas inimigas paraguaias. A derrota vitimou 412 militares brasileiros, além de resultar em 1.589 feridos e 10 desaparecidos. Dentre os feridos, estava o nosso Carlos Welter.


A Batalha de Curupaiti - Autor: Cándido López


A informação da participação de Carlos Welter na Guerra do Paraguai foi obtida através da escritura de compra de uma parte do Lote nº 14, na Picada 48, localidade de Ivoti RS, por parte de sua mãe, a viúva Catharina Mossmann Welter (que já possuía 2/3 deste lote), na data de 05/11/1867. No documento constou que o filho Carlos Welter, na época com 25 anos de idade, falecera no Exército, que se encontrava no Paraguai, sem ter deixado descendentes (Arquivo Público do RS, São Leopoldo, Livro Transmissões/Notas nº 14, fls. 129 v a 130 v). Através da literatura sobre o assunto, chegou-se à listagem que continha o seu nome, a graduação de sargento e a sua situação de ferido na Batalha de Curupaiti e de não retorno ao Brasil. (BECKER, 1968, p. 196)


Oficiais da Guerra do Paraguai



OS VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA

No ano de 1865 foram organizados dois corpos da Guarda Nacional, compostos por moradores de Santana do Rio dos Sinos e de São Leopoldo.

O 11º Corpo Provisório de Cavalaria da Guarda Nacional de Santana do Rio dos Sinos (atualmente Capela de Santana RS) partiu para o Paraguai em 12/12/1865, a bordo do navio Galgo e era constituído de seis companhias de 18 a 20 homens, com um oficial para cada 5 homens. 

O 12º Corpo Provisório de Cavalaria de São Leopoldo, no qual estava Carlos Welter, embarcou para Rio Pardo em 14/10/1865, transitando por Santa Maria e atingindo São Borja em 08/03/1865. O Corpo atravessou o rio Uruguai a nado, permanecendo por alguns dias em São Tomé. Depois, marchou por terra até Corrientes, na Argentina, daí sendo transportado por via fluvial até o Passo da Pátria. (MOREIRA BENTO, 1976, p. 138)


Uniformes dos Caçadores a Cavalo - Fonte: Biblioteca Nacional Digital

Estes dois corpos foram reorganizados e passaram a constituir em 18/07/1866 o 1º Corpo de Caçadores a Cavalo, que participou de quase todos os combates, desde a tomada do forte de Curuzu em 03/09/1866, até o último em Cerro Corá em 01/03/1870, ao final da Guerra do Paraguai. (BECKER, 1968, p. 77 a p.79 e MOREIRA BENTO, 1976, p. 138). No ano de 1866, esta brigada passou a fazer parte do 2º Corpo do Exército, sob o comando do Conde de Porto Alegre. (BECKER, 1968, p. 152).

Nota1: o 2º Corpo de Caçadores a Cavalo, que também participou da Batalha de Curupaiti, além de outras, era composto de alemães e descendentes de Pelotas. (BECKER, 1968, p. 80)


A BATALHA DE CURUZU

A Batalha de Curuzu ocorreu alguns dias antes da Batalha de Curupaiti: 

Enquanto o 1º Corpo de Exército ficou acampado em Tuiuti, o 2º Corpo de Exército, ao qual pertencia o 12º Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional de São Leopoldo, sob o comando do General Manuel Marques de Souza (Barão de Porto Alegre) foi transportado pela esquadra brasileira o rio Paraguai acima, desembarcando nas proximidades do forte de Curuzu, que tinha sido tomado a 3 de setembro de 1866. Nessa operação, o Barão de Porto Alegre colocou a cavalaria de Guardas Nacionais de São Leopoldo, que formava o grosso do 1º Corpo de Caçadores a Cavalo, na ponta do ataque, onde se comportou de modo excelente. (BECKER, 1968, p. 76)


A BATALHA DE CURUPAITI

O começo desta batalha ocorreu no dia 22/09/1866, quando o Exército da Tríplice Aliança atacou a fortaleza paraguaia de Curupaiti, sendo este derrotada de forma avassaladora pelos paraguaios. Escreveu Becker:

Como soe acontecer em todas as guerras, as vitórias não são consecutivas. Também surgem os reveses, e tal ocorreu na Batalha malograda de Curupaiti. Segundo Carlos Von Koseritz, esse revés deve-se ao comando infeliz do Barão de Porto Alegre. Naquela batalha, aliás, o referido militar colocou os alemães e descendentes novamente na ponta do ataque, de maneira que dessa vez o corpo de São Leopoldo, tal qual todos os demais corpos que participaram dessa operação malograda, sofreu pesadas baixas. Repelidos pelos paraguaios, aquelas forças brasileiras tiveram de recuar até a altura do forte de Curuzu, onde permaneceram por quase um ano, sofrendo constantes baixas por força de epidemias, principalmente pelo cólera morbus. (BECKER, 1968, p. 76)

Foram consideráveis as baixas sofridas pelo 2º Corpo do Exército na malograda Batalha de Curupaiti e, consequentemente, também as do 1º Corpo de Caçadores a Cavalo, que foi elogiado em várias ordens do dia. Da turma de São Leopoldo e arredores faleceram em combate os Sargentos Jacob Schilling, Carlos Hartz e o soldado Jakob Timm. Na relação dos feridos encontramos os seguintes nomes: Eduard Lamp, Jacob Calsing, Mathias Dilly, Peter Tatsch, Jakob Docknorn, Peter Rübenich (que posteriormente faleceu num hospital), 2º Sargento Karl Welter, Johann Innoque (?), Carl Innoque (?), Heinrich Petry, Emanuel Blatt, 2º Sargento Peter Schmiedinger, Jakob Maurer, Quartel-mestre Karl Schnell, Peter Quelien (?), 1º Tenente Andreas Ries, Sargento Brodt, Josef Eugen Diehl (2º Sargento), Wilhelm Ciltener (= Kiltner), Sargento Josef Sauer, Mathias Henz, Heinrich Efbareveul (= Ohlweiler), Peter Fritscher (= Fritsch), Martin Schuck (= Schuh), Johann e Peter Velter (= Welter), Christian Chaver (=Schäfer), Georg Clock (ou Kluck?), Jakob Cornelho (=? Cornelius), Herbeider (=?Heinrich, Horbach ou Horbater) e Jakob Creceder (= Kressler) de Dois Imãos, falecido mais tarde em consequência dos ferimentos recebidos na Batalha de Curupaiti. Como se vê da relação acima, os nomes alemães estão com uma grafia bastante deturpada e nem sempre é fácil descobrir a grafia certa, já que na língua alemã não existem regras ortográficas para os nomes próprios. (BECKER, 1968, p. 78 e p. 79)

Depois de seis anos de guerra, Caxias foi chamado para liderar o Exército brasileiro, o qual reorganizou as tropas e venceu as últimas batalhas, até chegar à Capital Assunção no ano de 1869. A última batalha foi liderada pelo Conde D’Eu. No ano de 1870, a guerra chega ao seu final, quando foi morto Francisco Solano Lopez na Batalha de Cerro Corá.

Dos remanescentes dos nove corpos rio-grandenses que lutaram na Guerra do Paraguai, ou seja, 10% dos que haviam inicialmente partido, foi formado o 39º Batalhão de Voluntários da Pátria, que era composto por cerca de 400 homens, dos quais mais ou menos um terço era de origem alemã, sendo recebidos entusiasticamente em Porto Alegre ao meio-dia de 28/04/1870. Os militares esperavam ansiosamente a oportunidade de pedirem a baixa do serviço militar, para se unirem aos seus familiares, mas tiveram que esperar até o dia 6 de junho, até que viesse a papelada que ainda estava no Paraguai, sendo assim possível proceder ao cálculo de seus respectivos soldos.


DESERÇÃO

O ofício do Tenente-Coronel Antonio José da Rocha Junior, Comandante do 12º Corpo de Cavalaria de Guardas Nacionais, datado de 19/02/1866, o qual foi expedido do “Acampamento em marcha no Paço do Umbú”, contém a relação de 104 nomes dos Praças deste Corpo, que desertaram desde 02/07/1865 até 31/01/1866. Nela encontramos o nome de Jacob Mossmann (*08/02/1848 Lomba Grande, Novo Hamburgo RS/+Santa Cristina do Pinhal RS), com 18 anos de idade, filho de Johann Mathias Mossmann e Clara Diehl. A deserção seguramente possibilitou ao jovem Jacob obter posteriormente uma numerosa descendência. O documento se encontra no Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul. (BECKER, 1968, p. 179)


BIBLIOGRAFIA

PETRY, Leopoldo. São Leopoldo. São Leopoldo RS: Editora Rotermund, 1964.

BECKER, Klaus. Alemães e Descendentes – do Rio Grande do Sul – na Guerra do Paraguai. Canoas RS: Editora Hilgert & Filhos Ltda., 1968.

MOREIRA BENTO, Cláudio. Estrangeiros e Descendentes na História Militar do Rio Grande do Sul – 1635 a 1870. Porto Alegre RS: Editora A Nação e Instituto Estadual do Livro, 1976.

DONATO, Hernâni. Dicionário das Batalhas Brasileiras. São Paulo SP: Ibrasa, 1996.


sexta-feira, 1 de maio de 2015

Família Welter - Outros Imigrantes


JACOB WELTER E FAMÍLIA


Johann Jakob Welter (*12/03/1790 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+Março/1853 São José do Hortêncio RS), Helena Blaesius (*07/07/1790 Hetzerath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+04/03/1874 São José do Hortêncio RS), Martin Welter (*25/08/1814 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+14/07/1887 São José do Hortêncio RS), Katharina Welter (*25/12/1815 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+RS), Johann Welter (*27/06/1818 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+03/02/1893 São José do Hortêncio RS), Maria Barbara Welter (*20/04/1821 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+12/11/1900 Maratá RS) e Elisabetha Welter (*20/01/1827 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+24/04/1921 Salvador do Sul RS) viajaram no veleiro Cäcilie, que partiu de Bremen em 06/01/1827, o qual sofreu um quase naufrágio perto da costa inglesa, após uma violenta tempestade, que começou em 12/01/1829. Os passageiros permaneceram por quase dois anos no porto de Falmouth, na Inglaterra. A viagem foi concluída no veleiro James Laing, que chegou ao Rio de Janeiro na data de 02/01/1829. Após, a família viajou para o sul no veleiro Florinda em 10/04/1829, chegando a Porto Alegre em 13/05/1829 e a São Leopoldo em 14/05/1829, estabelecendo-se, por fim, em São José do Hortêncio. Fontes: Hunsche  & Astolfi e Familienbuch de Klüsserath.



IRMINA WELTER


Irmina Welter (*12/09/1779 Klüsserath, Renânia-Palatinado, Alemanha/+30/06/1857 São José do Hortêncio RS), filha de Jacob Welter e Anna Maria Breidbach, viúva de Phillip Winter, falecido no Rio de Janeiro, chegou ao Rio Grande do Sul na data de 14/05/1829, com os filhos Wilhelm Winter, Jacob Winter, Barbara Winter e Phillip Winter, estabelecendo-se em São José do Hortêncio. Fonte: Imigrantes Alemães 1824-1853, Gilson Justino da Rosa.